Cromatografia – Conheça os tipos
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A cromatografia é um método físico-químico de separação de elementos, amplamente utilizado para identificar substâncias, purificação e ou separação de compostos, monitoramento do ar, testagem de água potável, detecção de drogas através da urina, perfis nutricionais de alimentos, entre outros.
O nome cromatografia vem do grego, em que croma que significa cor e graphein significa escrever.
Atualmente, existem diversas formas de aplicar este método, porém, todos têm em comum a separação dos componentes entre duas fases: a fase estacionária e fase móvel.
Fase Móvel
Fase em que os componentes a serem separados “correm” por um solvente fluido, que pode ser líquido e gasoso.
Fase Estacionária
Fase fixa em que os componentes da mistura interagem, podendo ser constituída de um material líquido ou sólido.
Tipos de cromatografia
Existem diversos métodos para realizar a cromatografia, que variam de acordo com o estado físico da amostra, objetivos, produtos e equipamentos utilizados.
Os métodos mais comuns são:
Cromatografia em papel e camada delgada
A cromatografia em camada delgada é um dos métodos de separação físico-químico mais utilizados em misturas, sendo relativamente fácil de manusear e de resposta rápida. É uma técnica simples, barata e eficiente na análise qualitativa da composição de uma mistura.
Pode ser usada também para acompanhar o curso de uma reação química e determinar a pureza de um dado composto.
O eluente se desloca para cima por uma camada fina de sílica-gel estendida sobre um suporte. Ao fazer um “spot” (aplicação da amostra) na base da placa, ela é colocada verticalmente em uma cuba cromatográfica.
À medida que a placa cromatográfica é eluida, a amostra é “arrastada” pela fase móvel sobre a fase estacionária. Durante este processo, os diversos componentes da mistura serão separados de acordo com suas propriedades de solubilidade e adsorção. Cada “mancha” que aparecer na placa corresponde a um componente presente na mistura original.
Cromatografia em Coluna
A cromatografia em coluna é comumente utilizada para purificação de substâncias orgânicas ou, para remover o material de partida ou isolar o produto desejado de uma reação.
A mistura é passada através de um tubo de vidro vertical preenchido com sílica ou alumina, para fase estacionária, e coletada em pequenas frações.
Os vários componentes de uma amostra podem ser separados através da interação diferenciada com o solvente (fase móvel) e o adsorvente (fase estacionária).
Uma coluna cromatográfica, quase sempre, utiliza uma mistura de solventes como eluente. Claro que, ocasionalmente um único solvente pode ser utilizado ou ainda uma mistura com três ou quatro solventes.
A tabela abaixo traz os solventes mais comuns em cromatografia em coluna, apresentando do menos polar para o mais polar:
A quantidade dos solventes pode ser ajustada para levar a diferentes polaridades. É importante notar que metanol não deve ser utilizado em quantidade maior que 10%, pois pode interferir na estrutura da sílica, interagindo com os grupos OH da mesma. Os sistemas mais complexos geralmente são utilizados em separações mais difíceis.
Apresentação do estado físico
Dependendo do estado físico em que se apresenta na fase móvel, pode-se ser considerada:
Cromatografia gasosa
Técnica para separação e análise de misturas de substâncias voláteis. A amostra é vaporizada e introduzida em um fluxo de um gás adequado denominado de fase móvel ou gás de arraste.
Este fluxo de gás com a amostra vaporizada passa por um tubo contendo a fase estacionária, onde ocorre a separação da mistura.
Cromatografia líquida
O método é realizado com a amostra e solventes em estado líquido. Na cromatografia líquida tradicional o processo é feito em colunas de vidro, sob pressão atmosférica.
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
Um dos métodos mais complexos e atual, utiliza colunas metálicas e pressão de fase móvel elevada, obtidas com o auxílio de uma bomba de alta pressão. Neste caso, é possível separar substâncias termicamente instáveis.