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5 min de leitura
O principal uso da centrífuga é a separação de substâncias. Poucos experimentos são realizados em laboratórios sem ao menos uma etapa de centrifugação.
Esses equipamentos são usados para separar desde proteínas e ácidos nucleicos (DNA, RNA) até frações do sangue.
Há diversos tipos de centrífugas, rotores e tubos especializados para realizar a centrifugação. Você deve escolher o equipamento de acordo com a força motriz, rotor e necessidades adequadas para o procedimento que deseja realizar. Estão disponíveis muitos modelos que atendem a diferentes exigências.
Por ser um equipamento muito importante, você deve saber como manuseá-lo corretamente para que o seu experimento ou análise tenham um resultado de qualidade.
Cada amostra exige um processo e tratamento adequado para cada tipo de análise. Saiba qual a velocidade a sua amostra precisa ser centrifugada e escolha um equipamento ideal para realizar a função.
A escolha do tubo deve considerar o volume e a natureza da sua amostra. Use o menor número possível de tubos e procure usar o de valor mais próximo ao que precisa. Não escolha 20 tubos de 50 mL se você pode usar 4 de 250 mL. Muitos tubos são adequados para baixa velocidade, mas é necessário tubos específicos para rotações de alta velocidade. Lembre-se de não preencher totalmente o tubo, deixando um espaço de 2 cm da borda.
O número de tubos usados sempre será par, assim para cada tubo deve ser colocado outro tubo com o mesmo peso do lado oposto, balanceando a centrífuga. O mesmo deve ser feito para todo o rotor e toda centrífuga, incluindo microcentrífugas e rotações de baixa velocidade.
Se o tubo tem alguma assimetria, como uma aba na borda, coloque-os sempre da mesma maneira, todos com a aba para dentro ou todos com a aba para fora.
Confira, confira e confira se todos os tubos estão equilibrados. Verifique sempre antes de fechar a tampa, pois com uma grande quantidade de tubos é muito fácil se esquecer. Tubos desequilibrados e sem contrapeso causam a maioria dos transtornos no uso da centrífuga.
Use a cobertura do rotor e deixe-a sempre por perto, lembre-se de fechar bem a tampa para garantir a segurança. Geralmente as centrífugas só começam a funcionar se a tampa estiver bem fechada. Verifique também se o rotor está corretamente instalado.
Todos os itens devem ser checados e ajustados a cada utilização: velocidade, temperatura, trava, cronômetro.
Espere que a centrífuga chegue a velocidade total antes de se afastar. Se houver qualquer problema com tubos desequilibrados você irá notar. Desligue o equipamento caso esteja vibrando em excesso.
Não abra a tampa enquanto o rotor ainda estiver funcionando, pode causar graves acidentes. Remova os tubos devagar e com cuidado.
Realize com frequência a limpeza da centrífuga e seus acessórios. Caso haja alguma rachadura, quebra de tubo ou vazamentos é necessário realizar a descontaminação do equipamento, considerando as normas de biossegurança.
Além dos procedimentos adequados no manuseio, as práticas seguras envolvem a seleção da centrífuga e as manutenções preventivas.
Na seleção de novos equipamentos alguns fatores devem ser considerados:
Recomenda-se que as centrífugas do laboratório sejam submetidas periodicamente à manutenção preventiva, com calibração e verificação das condições metrológicas para garantir seu correto funcionamento.
O plano de manutenção deve seguir as orientações do fabricante e ser do conhecimento de todos os envolvidos. Registros de todas as intercorrências e manutenções devem ser efetuados.
Referências
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): coleta e preparo da amostra biológica. – Barueri, SP: Manole: Minha Editora, 2014.
BARKER, Kathy. Na bancada: manual de iniciação científica em laboratórios de pesquisas biomédicas. Porto Alegre: Artmed, 2002