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Descubra como a microscopia forense, com o uso de microscópios de alta precisão, desempenha um papel crucial na investigação criminal, permitindo a análise detalhada de evidências que são invisíveis a olho nu.
Dentro do mundo dos estudos forenses, cada detalhe faz toda a diferencia. Por esse motivo, a microscopia desempenha um papel fundamental dentro da Ciência Forense, pois, além de combinar ciência e investigação, ela contribui significativamente para a precisão das análises.
Ela ajuda a guiar os especialistas, revelando pistas cruciais que muitas vezes estão ocultas ao olho nu. Não é a à toa que ele representa um dos pilares o universo investigativo.
Trata-se da utilização de técnicas de microscopia para examinar evidências coletadas em cenas de crime. Além disso, essa disciplina dos estudos forenses desempenha um papel fundamental na identificação e comparação de materiais, o que, consequentemente, contribui para a construção de provas sólidas..
E dentro dela, existem três principais modalidades que auxiliam nesse “trabalho de detetive”:
Microscopia Óptica: É a técnica mais utilizada em laboratórios forenses. Basicamente, utiliza-se a luz visível e lentes para ampliar amostras de diferentes tipos, como tecidos, células sanguíneas e materiais biológicos.
Microscopia Eletrônica de Varredura: Nessa técnica, é utilizado um feixe de elétrons para escanear a superfície da amostra e dessa forma criar imagens de alta resolução. O grande diferencial dessa modalidade é a possibilidade de investigar detalhes nanoscópicos. Por causa desse fator, é mais utilizada em análises de resíduos de disparos de armas de fogo, partículas de substâncias e etc.
Microscopia Comparativa: Conforme o próprio nome já diz, se baseia na comparação de amostras. Através de um microscópioque possui duas objetivas e um sistema óptico que permite a visualização lado a lado ou sobreposta das imagens, é possível comparar diversos tipos de características.
Como a microscopia desempenha um papel fundamental na criação de provas sólidas, os profissionais da Ciência Forense utilizam tecnologias de ponta. Nesse contexto, eles aplicam desde softwares de alta performance até microscópios de primeira linha, que permitem realizar análises minuciosas.
No contexto das investigações criminais, a microscopia forense já foi decisiva para o fechamento de diversos casos. Um dos casos mais conhecidos, por exemplo, é o caso de Wayne Williams
Entre 1979 e 1981, a cidade de Atlanta, nos Estados Unidos foi cenário de uma foi série de assassinatos de crianças e jovens afro-americanos. Após muitas investigações, o serial killer Wayne Williams, que até então era apenas um suspeito foi capturado.
Isso porque, por meio da análise microscópica de fibras incomuns encontradas nas vítimas, foi possível identificar que elas possuíam uma cor amarelo-esverdeada e formato trilobado, que correspondiam ao carpete da casa e do carro de Williams.
Outro episódio emblemático foi o caso de bioterrorismo envolvendo cartas com antraz, ocorrido nos Estados Unidos em 2001. Na ocasião, os responsáveis enviaram cartas contaminadas com a bactéria para diversos órgãos de comunicação, incluindo o New York Post, ABC News, CBS News e NBC News.
Na época, diversas técnicas de microscopia, incluindo microscopia óptica e eletrônica, foram utilizadas. E por meio delas foi possível identificar e caracterizar os esporos de antraz.
A microscopia forense está em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos que aprimoram a precisão, a rapidez e a capacidade de análise dos peritos.
Tecnologias como a tecnologia de ótica infinita (UIS), que oferece imagens mais claras e precisas, e softwares de análise de imagem, que automatizam processos e extraem informações valiosas, estão transformando a prática forense.
Ao combinar ciência, tecnologia e expertise, os peritos forenses utilizam o microscópio como um verdadeiro detetive.