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A esterilização é muito importante quando falamos em produtos para laboratório e pesquisa. Para alguns protocolos, é necessária a utilização de produtos estéreis, garantindo qualidade e resultados exatos, sem a interferência de microrganismos.
Existem vários métodos de esterilização, porém o objetivo principal consiste na eliminação das formas de vida microbiana (bactérias, fungos, vírus e esporos). Considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. A escolha do método mais eficiente dependerá do tipo de produto utilizado e podem ser físicos, químicos ou uma combinação de ambos.
Hoje com todo avanço tecnológico, os métodos de esterilização são muito diversificados, cada um com sua eficiência e particularidade. Confira alguns deles:
Métodos de Esterilização Físicos
Métodos de Esterilização Químicos
Os processos de esterilização mais utilizados são a Autoclavagem (vapor), Óxido de Etileno e Radiação Gama. A seguir, vamos especificar com mais detalhes cada um deles.
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A esterilização por calor úmido requer temperaturas superiores a de água fervente que são atingidas por meio de vapor sob pressão em autoclave. Esse equipamento é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura. Autoclaves geralmente operam a uma temperatura de 121° C e a sua eficácia depende do tempo, da temperatura, da pressão e do vapor em contato direto com o material.
O processo consiste em manter o material contaminado em contato com o vapor de água em temperatura elevada por um período de tempo suficiente para matar todos os microrganismos. Nessas condições ocorre a desnaturação das enzimas e proteínas estruturais, levando à morte das células microbianas.
A autoclavagem é um métodos de esterilização muito eficiente, porém não pode ser utilizada para materiais sensíveis ao calor ou umidade, uma vez que pode danificá-los.
O óxido de etileno se apresenta como um gás incolor e muito reativo que realiza a esterilização por um processo chamado de alquilação. Isso significa que o ETO substitui um átomo de hidrogênio do grupo do organismo por um grupo alquilo, esta ligação inibe a produção de proteínas específicas. Assim, o ETO penetra nas células microbianas e reage principalmente com os materiais nucleares, provocando danos ao DNA, o que resulta na incapacidade da célula para metabolizar e se reproduzir normalmente levando a morte do microrganismo.
Por ser um processo de baixa temperatura (tipicamente entre 37 e 63°C) é usado principalmente para produtos que não suportam o calor e/ou vapor da esterilização por outras técnicas, como a autoclave. A possibilidade de utilizar baixas temperaturas garante que os produtos não fiquem deformados.
O óxido de etileno também é usado como o processo de esterilização em outras indústrias, como a alimentícia, agricultura e cosméticos.
Raios Gama, Raios UV e Raios-X são todos os tipos de radiação eletromagnética que têm efeitos profundamente prejudiciais ao DNA, por isso são excelentes ferramentas para a esterilização. O Raio Gama tem maior capacidade de penetração no produto por isso é muito mais eficaz, a radiação passa através da embalagem e o conteúdo permanece estéril até a embalagem ser aberta.
Os fótons de alta energia são emitidos a partir de uma fonte de isótopos produzindo ionização ao longo do produto. Essas perturbações resultam em danos ao DNA provocando a morte celular e inibindo a reprodução do microrganismo.
Ao contrário de esterilização por calor ou vapor, os raios gama não aumentam significativamente a temperatura dos produtos (sendo conhecido como um processo a frio) e podem ser usados para esterilizar com segurança, principalmente materiais sensíveis ao calor. Mesmo com sua alta capacidade de penetração os raios gama não criam resíduos ou transmitem radioatividade aos produtos processados.
Referência
Ministério da Saúde – Orientações Gerais para Central de Esterilização