Pipetagem – transferência de líquidos e tipos de pipetas
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As pipetas são dispositivos de laboratório utilizados na manipulação e transferência líquidos. Possuem diversos modelos e volumes e se diferenciam pela precisão e aplicação.
As técnicas de pipetagem estão presentes em qualquer tipo de laboratório e participam de pelo menos uma das etapas dos processos de análise. Apesar de existir muitos equipamentos modernos para realizar a pipetagem, as pipetas vêm sendo empregadas há muito tempo. O químico francês Louis Pasteur desenvolveu algumas delas. A pipeta Pasteur, por exemplo, foi batizada em sua homenagem e com sua simplicidade é utilizada até hoje.
Antes de começar qualquer técnica de medição de líquidos e pipetagem, é importante avaliar o tipo de teste que será conduzindo e determinar qual pipeta irá suprir a sua necessidade. Usar o instrumento errado ou mesmo usar o instrumento certo incorretamente pode afetar significativamente seus resultados.
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Existem muitos tipos diferentes de pipetas e dosadores. Algumas permitem apenas medir volumes sem muita precisão. Já outras, como as micropipetas, são extremamente precisas, medindo volumes de até 1 μl (microlitro), equivalente à milionésima parte de um litro. Podem ser feitas de plástico, vidro, ser manual, eletrônica, descartável, autoclavável e mais uma infinidade de especificações.
Modelos de pipetas e dosadores
Do pipetador mais básico até o pipetador mais avançado, a maneira como o equipamento é manipulado afetará a precisão dos resultados do teste. Dessa forma, para se obter resultados precisos é necessário conhecimento especializado sobre como operar cada instrumento. Conheça a seguir os modelos mais utilizados:
Pipeta Pasteur
Semelhante a um conta-gotas, a pipeta Pasteur é utilizada para realizar a transferência de pequenas porções de líquidos. Feita de plástico, possui um “balão” na extremidade superior que ao ser pressionado expele o ar e depois suga o líquido. Permite medir volumes sem grande precisão.
Pipetas sorológicas
São usadas para transferir volumes medidos em mL (mililitros), que estão na faixa de 1 a 50 mL. Diferentes quantidades de solução, requerem diferentes tamanhos de pipeta. As pipetas sorológicas são feitas de vidro ou plástico e têm graduação ao longo dos lados para medir a quantidade de líquido que está sendo aspirado ou dispensado.
Antigamente era utilizada a pipetagem com a boca, onde o usuário sugava o líquido com a boca até o nível desejado. Mas hoje essa técnica já está defasada e não é mais utilizada, pois pode levar o líquido ou aerossol até a cavidade oral que entra em contato com a substância tóxica ou corrosiva. Existem vários dispositivos disponíveis que realizam essa função, como o pipetador automático e o manual.
Pipetador Automático e Manual
Utilizado com as pipetas sorológicas para transferir volumes, realizando a aspiração e dispensação de manual ou automatizada com muito mais segurança e praticidade. Nas pipetas automatizadas é possível controlar a velocidade com que o líquido é dispensado e configurar a opção por sopro ou gravidade.
Micropipeta
Muito precisas, as micropipetas realizam a transferência de pequenos volumes de líquidos, frequentemente empregadas em laboratórios de biologia molecular e bioquímica. As micropipetas usam um êmbolo ajustável, marcado com um intervalo de volume mínimo e máximo (de 1 a 10.000 μl), que é ajustado para a quantidade necessária.
O primeiro passo é escolher a pipeta de acordo com a faixa de volume a ser manipulado. Então é necessário determinar o volume específico, rotacionando o botão de ajuste de volume. Este será indicado no display de visualização. Isso determinará o quanto a micropipeta deverá absorver, utilizando o embolo para absorver e dispensar o líquido.
Após esse ajuste, mergulhe a ponteira, encaixada na ponta da pipeta, na solução. Pressione o êmbolo para puxar o volume desejado. Agora basta levar a pipeta até onde deseja inserir a solução e pressionar o êmbolo novamente para liberar o líquido no novo recipiente. Para trocar de ponteira e repetir o processo é só apertar o botão ejetor, que irá descartar a ponteira utilizada.
Existem 2 tipos de micropipetas: a monocanal (que possui apenas uma ponteira) e a multicanal (que possui de 8 a 12 canais para trabalhar simultaneamente).
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