Centrífugas: motor com escova X motor sem escova
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As centrífugas são um equipamento comum em qualquer laboratório. Estão disponíveis em diversos tamanhos, padrões e especificações técnicas, de acordo com a necessidade de cada metodologia.
Sua finalidade é realizar a separação de partículas de uma solução, conforme seu tamanho, forma e densidade através do efeito da gravidade nas partículas. A força centrífuga é utilizada para acelerar a taxa de decantação, por isso o nome do equipamento.
A amostra contendo as partículas de diferentes densidades é colocada no equipamento e então é sujeita a um movimento de rotação. A centrífuga faz uso do princípio de que um objeto girando a alta velocidade sobre um eixo, a uma certa distância radial, sofre a ação da força centrípeta atuando em direção ao centro de rotação e da força centrífuga devido a sua massa.
Assim, o material mais denso fica no fundo do tubo, enquanto que o menos denso fica à superfície.
Leia mais: Conheça a aplicação de uma centrífuga em laboratório
Como funcionam os motores das centrífugas?
O motor elétrico é a máquina capaz de transformar a energia elétrica em mecânica, obtendo assim o movimento, usando em geral o princípio da reação entre dois campos magnéticos.
O rotor do motor precisa de um torque para iniciar o seu giro. Este torque normalmente é produzido por forças magnéticas desenvolvidas entre os polos magnéticos do rotor e aqueles do estator. Forças de atração ou de repulsão ‘puxam’ ou ‘empurram’ os polos móveis do rotor, produzindo torques, que fazem o rotor girar mais e mais rapidamente até chegar a uma velocidade constante.
Os motores de indução são provavelmente o tipo o mais comum de motor, presente em muitos eletrodomésticos, equipamentos e com aplicações industriais. Fornecem bom torque, começam facilmente a girar e têm um excelente custo-benefício. Um motor de indução trabalha movendo um campo magnético em torno do rotor, denominado campo magnético girante.
O nome do motor de indução é derivado do fato de serem induzidas correntes alternadas no circuito do rotor, sendo assim o rotor alimentado por indução magnética.
Motor com escova X Motor sem escova
O papel das escovas nos motores é conduzir a energia para que o motor possa funcionar. As escovas devem tocar o comutador para transferir a energia e este atrito constante entre as peças desgasta gradualmente a escova, que deve ser substituída em intervalos especificados.
Além de causar interferências eletromagnéticas e produzir poeira dos resíduos de carbono que podem se espalhar pelo equipamento, também geram ruído causado pelo atrito da escova contra o comutador. É por isso que os motores com escova são cada vez menos usados nos dias de hoje.
Já as centrífugas modernas têm motores de indução que não possuem escovas e usam um mecanismo eletrônico para controlar a corrente. Possuem uma vida útil muito maior, pois precisam de menor manutenção e não tem a necessidade da troca das escovas.
Sua simplicidade e construção robusta trazem muitas vantagens sobre os motores com escova, entre elas a confiabilidade, redução da interferência eletromagnética e da perda de energia. Os componentes se tornam muito mais eficientes pela ausência de atrito, o que promove também uma operação de baixo ruído.
Centrífugas e equipamentos com motor de indução
A Kasvi possui uma linha completa de centrífugas. Conheça os equipamentos que utilizam o motor de indução.
Centrífuga de Bancada 4.000 rpm
Centrífuga com rotores intercambiáveis de diversos tamanhos, proporciona vários tipos de aplicações em um único equipamento. |
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Centrífuga 8 x 15 mL
Equipamento moderno, fácil e prático de manusear. Possui sistema de rotor de ângulo fixo, motor sem escovas e display em LED. |
Leia mais: Dicas para uso da centrífuga no seu laboratório
Referências
Netto, Luiz Ferraz. Motores elétricos. Acesso em: www.ceee.com.br
Simone, Gilio Aluisio. Máquinas de Indução Trifásicas – Teoria e Exercícios, 2nd edição, Érica.
Berger, L. T.; Iniewski, K. Redes Elétricas Inteligentes – Aplicações, Comunicação e Segurança, LTC.
Creder, Hélio. Instalações Elétricas, 16ª edição, LTC.