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6 min de leitura
A micropipeta é um instrumento de uso diário nos laboratórios, assim, prevenir a contaminação na pipetagem é fundamental para alcançar resultados confiáveis. Por isso, é necessário saber identificar os potenciais fatores de contaminação capazes de alterar a precisão e qualidade desses resultados.
O primeiro passo para evitar contaminação no ambiente laboratorial, é o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI) recomendado para cada tipo de rotina. Os mais utilizados são:
As bancadas de laboratórios são locais propícios para bactérias, isso pelo fato de vários produtos e objetos diferentes passarem ali por dia. Quando alguma sujeira fica encrustada na bancada, a chance da amostra manipulada ali ter a sua composição alterada na pipetagem é grande. Desse modo é importante manter uma limpeza regular nessas superfícies. Cada laboratório trabalha com amostras diferentes, então é importante que a limpeza do local seja de acordo com a rotina feita ali. Os produtos mais usados nas limpezas de bancadas de laboratório são água, sabão bactericida, álcool 70% e hipoclorito de sódio (alvejante).
Suspensões de partículas sólidas ou líquidas em um gás ou aerossóis são formados em muitas atividades de laboratório, principalmente com o uso de pipetas de deslocamento de ar. E esses aerossóis são um dos principais fatores de contaminação na pipetagem. Por exemplo, eles podem ser transferidos para o interior da micropipeta quando se utiliza ponteiras sem filtro, ocasionando contaminação em amostras subsequentes. Confira a seguir as contaminações mais frequentes num laboratório:
Resulta do uso de uma micropipeta contaminada ou ponteiras não certificadas. Dessa forma, a contaminação da amostra na pipetagem pode ser evitada com o uso de ponteiras estéreis, limpeza ou autoclavagem da micropipeta.
As ponteiras apresentam três categorias entre os graus de pureza:
A contaminação da micropipeta para amostra pode ser evitada seguindo algumas diretrizes:
Ocorre quando a amostra ou suas partículas de aerossol entram no corpo da micropipeta no momento da pipetagem. Por isso para minimizar este risco de contaminação, alguns passos devem ser seguidos:
Contaminação de amostra para amostra (ou contaminação por transporte) ocorre quando o aerossol ou resíduo líquido de uma amostra é transportado para outra. Isso ocorre quando a mesma ponteira é usada várias vezes. Assim:
Antes de aplicar alguma das diretrizes, verifique se o material da micropipeta é compatível com as soluções de limpeza apresentadas a seguir.
Causas de Contaminação | Técnicas de Descontaminação | Diretrizes de Limpeza |
---|---|---|
Compostos radioativos | Detergente – solução de limpeza | Desmonte a parte inferior da micropipeta. Mergulhe completamente as partes contaminadas* em um banho ultrassônico com detergente ou solução de limpeza recomendada para instrumentos de laboratório. É altamente recomendável enxaguar várias vezes com água. Seque bem. Sempre verifique se a radioatividade diminuiu para um nível aceitável. |
Vírus, bactérias, mycoplasma, fungos | Radiação UV | As superfícies de trabalho podem ser descontaminadas por exposição a 300 nm de luz UV por 15 minutos. Observe que os raios UV não podem penetrar no interior da micropipeta e não pode ser considerado como protocolo de descontaminação para componentes. |
DNA, RNA, amostras biológicas | Solução de hipoclorito a 3% ou radiação UV | Desmonte a parte inferior da micropipeta. Mergulhe completamente as partes contaminadas* em hipoclorito de sódio 3% por 15 minutos. Enxágue bem com água destilada e seque. A exposição à luz UV por 30-60 minutos reduzirá ainda mais a contaminação por DNA, mas não a elimina totalmente da superfície da pipeta. |
Soluções aquosas e tampões | Limpeza com água | Desmonte a parte inferior da micropipeta. Lave as peças contaminadas cuidadosamente com água destilada e seque. |
Ácidos / álcalis | ||
Solventes orgânicos | Detergente – solução de limpeza | Desmonte a parte inferior da micropipeta. Mergulhe completamente as partes contaminadas* em um banho ultrassônico com detergente ou solução de limpeza recomendada para instrumentos de laboratório. Lave a micropipeta várias vezes com água e seque-a bem. |
Proteínas |
* Consulte as Instruções de Uso para saber quais são as peças específicas para limpeza por imersão.
Algumas micropipetas podem ser totalmente autoclavadas ou apenas as peças que foram contaminadas devido ao uso inadequado.
Pipetas de deslocamento de ar e algumas ponteiras são normalmente autoclavadas a 121°C com uma pressão positiva de 1 bar (100 kPa) durante um período de 20 minutos.
Após a autoclave, as micropipetas ou as partes autoclavadas devem secar completamente e esfriar em temperatura ambiente. Como peças plásticas aquecidas podem esticar ou danificar facilmente, as micropipetas só devem ser parafusadas novamente após esfriarem completamente.